Depois de um tempo…

Se tem uma coisa que é fato nessa vida além da morte, é que o tempo passa. Não importa o que fazemos, onde estamos, como… o tempo vai passar e não podemos fazer nada.

Claro que daqui uns anos vou me sentir ridícula ao ler isso (talvez não, na verdade espero que não)… Mas, hoje tive uma conversa que despertou esse sentimento de tempo, experiência, conhecimento (ou a mera falta dele). Na realidade, essa semana foi cheia de datas e marcos.

No dia 28, segunda-feira, fez um ano que eu parei de fumar! Sim, 365 dias, 12 meses, é um tempo incrível pra quem fumou diariamente durante 10 anos (essa história eu já contei aqui)… é uma conquista incrível… mas ainda me considero fumante, sei que não posso bobear. Por mais bizarro que possa parecer ainda tenho vontade, mas luto bravamente.

Voltando a questão do tempo e do papo de hoje é muito engraçado conversar com pessoas mais novas e ver a visão que elas tem da vida… É aquela velha história dos conselhos… Mas, também acho que se tivéssemos ouvido todos os que nos foram dados, não teríamos aprendido tanto.. Estranho né?

Nunca consegui entender porque o ser humano é tão besta que, a maioria, só aprende quando quebra a cara… não seria mais fácil ouvir o que os nossos pais, amigos e irmãos dizem? Mas não! Queremos sempre pagar pra ver e algumas vezes o preço é bem alto…

Mas é válido, na verdade é super válido… é importante para nos ajudar a moldar e forjar o nosso caráter, para nos fazer pensar trocentas vezes antes de tomar uma atitude (os impulsos continuam existindo, não se iluda!). A certeza é que nos tornamos mais tolerantes e pacientes… Sabemos (ao menos eu sei) que no final tudo dá certo… de um jeito ou de outro, tudo decanta e se ajeita!

E nesses desatinos da vida vamos aprendendo e melhorar, aguentar o tranco e saber que se tem uma frase que nunca deve ser dita é : pior do que tá não pode ficar! (porque é geralmente nessas horas que descobrimos que pode) mas, também descobrimos que tudo passa de verdade e sempre que passamos por uma situação difícil saímos pessoas mais fortes… e por aí vai!

Bastidores do Fashion Week

Muito glamour, estilo, saltos, brilhos e beleza… é essa a impressão que a maioria das pessoas tem do São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda da América Latina, né? Bom a resposta é que tem tudo isso mesmo, mas para quem está fazendo a cobertura, o buraco é um pouco (bem) mais embaixo.

Cobrir um evento desse porte é tragicômico… Todo mundo montado no melhor look, ligado nas últimas tendências da moda, fazendo ‘carão’ quando está assistindo ao desfile… Mas, espera até aparecer a Maria Rita.. É um Deus nos acuda, é neguinho descendo do salto sem a menor cerimônia, é a lei da selva, literalmente… Vence o mais rápido, mais esperto e quem, principalmente, não se intimida com cara feia!

Na hora de entrar no desfile disputado, outro suplício… Não tem o ‘Selo Social’ então você vai ter que rebolar para conseguir entrar e fazer a cobertura… Se for o desfile da Colcci com Gisele Bündchen e Reynaldo Gianecchini então, aí só com muita reza braba! A fila para entrar nesse desfile desanimava os mais animados e apaixonados pela profissão… Isso sem citar o, mero detalhe, que estavam 9°C e era o último desfile do domingo (veja bem DOMINGO).

Mas é recompensador vencer essas batalhas, conseguir entrevistar quem não deu entrevista para quase ninguém, essas pequenas (ou não!) conquistas que te fazem chegar em casa cheio de orgulho e com (mais do que nunca) sensação de dever cumprido.

Os bastidores, camarins e afins são também glamourosos, estilosos, cheios de brilhos e belezas… Mas cada vez que você tem que enfrentar o assessor que controla quem entra e quem sai é cansativo, o grande segredo é enfrentar tudo isso de bom humor e cabeça fria… Tudo vai dar certo, basta ser otimista, não se deixar intimidar e acreditar no seu trabalho!